Diretrizes para o uso de Inteligência Artificial no FVA

1. Introdução

A revolução da inteligência artificial (IA) já está transformando o modo como as pessoas trabalham. Para nós, que temos a inovação como valor, ignorar a IA não é uma opção. Por ser ainda uma tecnologia nova e suscetível a falhas, exige-se o uso responsável e criterioso.

Diante disso, criamos estas Diretrizes para guiar a adoção de IA em nossas rotinas. Aqui, você encontrará informações essenciais, dicas práticas, e orientações sobre o que é permitido e vedado.

O uso de IA deve ocorrer conforme estas Diretrizes, cujo descumprimento deverá ser imediatamente reportado para o e-mail privacidade@fva.adv.br.

2. O que é Inteligência Artificial (IA)?

São sistemas capazes de realizar tarefas que antes exigiam habilidades humanas. Esses sistemas conseguem compreender a linguagem natural, tomar decisões baseadas em dados e aprender com a experiência. Exemplos práticos incluem assistentes de voz, reconhecimento facial e algoritmos que personalizam nossas redes sociais.

 

A IA generativa, ou “Gen AI”, vai além: não se limita a executar tarefas específicas, como a IA convencional, como também cria conteúdo original, como textos, imagens, música e vídeos. 

3. Objetivos do uso

Como a ferramenta pode ser útil e possíveis resultados:

a)   Ganho de eficiência operacional, maximizando os resultados de tarefas diárias, com menos custos.

b)   Dedicação de tempo de trabalho às atividades efetivamente críticas e criativas. Neste ponto, a redação de documentos, embora essencial, é uma tarefa operacional. Não produzimos obras literárias ou artísticas. Portanto, utilizamos a IA para acelerar esse processo, sempre revisando o texto com máxima atenção.

4. Ferramentas disponíveis

Sem prejuízo de outras ferramentas de IA que venham a ser implementadas, atualmente já estão em utilização no FVA:

a) Plataforma da Microsoft com o Copilot, integrado em diversas ferramentas do pacote Microsoft 365 e nas barras dos navegadores Edge e Google Chrome (configuração padrão).

·      O Copilot, em sua configuração padrão, não acessa ou fornece respostas baseadas nos arquivos do OneDrive ou SharePoint, mesmo que estejam disponíveis ao usuário.

b)   Ferramentas gratuitas disponíveis para uso como o ChatGPT e Blip AI.

c) Outras tecnologias e ferramentas analisadas, validadas, contratadas e divulgadas institucionalmente.

5. Diretrizes para o uso

O uso de inteligência artificial (IA) deve sempre:

a)   Alinhar-se com a visão, missão e valores do escritório.

b)   Utilizar a IA como suporte, nunca como substituto. A responsabilidade pelos conteúdos criados com IA é integralmente do colaborador que a utiliza, nunca da IA. Diante disso, a finalização do trabalho é sempre tarefa do colaborador — seja validando, revisando ou reformulando o que foi produzido pela IA.

·    Exemplo: todos os textos e informações gerados pela IA devem ser analisados e validados pelo operador/colaborador antes de serem considerados prontos para uso.

c)   Respeitar as políticas internas de privacidade e de segurança de dados do escritório e de seus clientes.

·  Exemplo: jamais descreva ou lance em uma ferramenta de IA dados que possibilitem a identificação concreta da pessoa física ou jurídica. Sempre anonimize informações como nomes, CPF/CNPJ, marcas, endereços etc. Se for necessário usar um trecho de e-mail, omita identificações de qualquer tipo.

d) Reconheça as limitações da IA, mas esteja atento e se adapte à medida que essas ferramentas evoluam.

e)   Mantenha a transparência sobre o uso da IA, com colegas, clientes e fornecedores.

·      Exemplo: não é necessário informar espontaneamente se determinado material foi produzido com o auxílio de IA, mas esteja pronto para responder caso isso seja questionado.

5.1        Para outros questionamentos, pedidos e sugestões, encaminhe para privacidade@fva.adv.br

5.2        Garantindo a transparência com a sociedade em geral e, especialmente, com nossos clientes, estas diretrizes estarão publicamente disponíveis em nosso site.

6. Dicas de uso

As ferramentas de inteligência artificial podem nos auxiliar a:

6.1.    Resumir e/ou pesquisar por informações específicas em:

a)     Arquivos em PDF ou outros arquivos extensos, como processos judiciais;

b)     Correntes de e-mail;

c)      Páginas da internet (notícias, pareceres, jurisprudências etc.).

·    O Copilot (Microsoft), possui o diferencial de disponibilizar as referências/fontes das informações que ele responde.

6.2.    Redigir “do zero” ou aprimorar a redação de:

a)     Parágrafos argumentativos de peças;

b)     E-mails;

c)      Textos para comunicados e publicações em blogs ou redes sociais.

6.3.    Tradução de textos em diversos idiomas.

6.4.    Pensar, utilizando-a como interlocutor apto a sugerir e discutir sobre:

a)     Teses jurídicas em geral, ou no contexto de determinado caso;

b)     Projetos de qualquer natureza (jurídicos, de inovação, sociais etc.);

6.5.    A IA pode executar múltiplas tarefas simultaneamente, como redigir atas de reuniões virtuais enquanto participamos delas – desde que todos os participantes tenham expressamente autorizado.

·       Importante: Gravações de vídeo e áudio também devem ser autorizadas por TODOS os participantes, mesmo que seja logo no início da gravação. A voz e a imagem são elementos que identificam as pessoas e serão capturados pela IA.

6.6. Para redação ou aprimoramento de textos, é de suma importância a utilização dos prompts adequados para mais assertividade da ferramenta.

·  Prompt é o termo utilizado para os comandos que orientam o sistema de inteligência artificial a gerar uma resposta ou executar uma ação.

·     Exemplo: não escreva apenas o comando “revise”, mas escreva o comando “revise para dar coesão; deixar mais formal; mais convincente; para reduzir; para incluir exemplos; utilizando tom amigável etc. 

7. Stakeholders

O Conselho Estratégico e o Comitê de Inovação (ou qualquer nova estrutura dedicada ao tema) são responsáveis pela análise do uso e resultados da IA no FVA.

As revisões deste material serão baseadas em:

a)  Análise contínua de performance;

b)  Registro detalhado de evidências de resultados;

c)   Discussão e documentação de conclusões;

d)  Apresentação ao Conselho Estratégico ou, caso delegado, ao Conselho Deliberativo.

8. Referências

How to Implement AI — Responsibly, Harvard Business Review (2024); disponível em https://hbr.org/2024/05/how-to-implement-ai-responsibly

Artificial Intelligence and the Future of Teaching and Learning (2023); disponível em https://tech.ed.gov/files/2023/05/ai-future-of-teaching-and-learning-report.pdf

Framework for AI-Powered Learning Environments (2024); disponível em https://ncee.org/whitepaper/framework-for-ai-powered-learning-environments/

Última atualização: 25 de agosto de 2024